Em 1993 começamos nosso primeiro grupo, o Pipi Herectus. Tocavamos eu no baixo, Cotona (Marcos) na guitarra, Gustavo na voz e Osmir na bateria. Osmir era um fan de hardrock e heavy-metal e um excelente músico que ajudava considerando as limitações dos demais. Lançamos nossa primeira fita-demo titulada Tá tudo errado, gravada pelos primos do Cotona num estúdio improvisado na Winchester (bar que pertencia a meu irmão na época). Acho que a primeira vez que tocamos foi num festival do colégio, tocando “Qué país é esse” do Legião Urbana.
Algum tempo depois chegou o Tina Peppers, uma banda explosiva que gravou o programa MTV no Ar (comandado pelo Gastão). Nosso vocalista era o Mongolo (Alessandro), tínhamos mais um guitarrista o Glauco, recém chegado de São Paulo e a batera foi dividida por inúmeros roqueiros, mais o que permaneceu mais tempo foi nosso amigo Ricardo (atualmente no Maguerbes). Temos muitas coisas gravados desta banda, mais nunca lançamos nada oficialmente.
Nesta época eu montei um estúdio amador de gravação para pequenas bandas, num momento que Americana-SP vivia o auge das bandas de garage e em SBO havia o Hithcock Bar onde quase todas as bandas do Brasil tinham que passar obrigatoriamente. É claro que o Tina Peppers e nossos amigos estavamos neste bar semanalmente, para tocar ou para pular nos magníficos e ensurdecedores shows.
Em seguida fui convidado para entrar no Gonorrocos, uma banda punk, hardcore, etc… de LimeiraSP, um mito destes anos com milhares de amigos e um monte de invejosos. Lá estava eu, arranhando o baixo com outra moçada. Por consequencia natural minha entrada no Gonorrocos e a falta de um baterista fixo nesta banda obrigou o Hernani (ex-vocalista) a passar a tocar bateria, logo precisávamos de um vocalista. Assim eu o Hernani e o Gamba (Pedro Drago) chamamos o Alexandre Santos (Xandão), que cantava muito e que hoje arrasa no Ragga, Reggae e no Rap em muitas bandas, como o CREXPO. (Escute)
Foi aí que surgiu o Djamblê: um banda que fazia música para dançar, pular e curtir a noite. Um projeto bem mais maduro e consistente, que nos levou para muitas cidades de diferentes estados brasileiros. Com o Djamblê grvei a demo-tape Nega Funk (no Estúdio Arena em Campinas, com Caio Ribeiro), algumas músicas pra coletâneas, como Nervoso é a Mãe (DaLaranjaAo Caos Inc.) e o Single Terno Besta (mais informação neste Release). Em 1999 chamamos meu companheiro de República Pocilga – Piracicaba) Leonardo Oliveira (Léo) para assumir os vocais, com a saída do Xandão que foi para sampa (escute Julgamento). Em 2000 fui estudar na Espanha e tive que deixar a banda, que não parou de realizar shows, gravar e mudar seus componentes. Em 2008, voltei a tocar com o Djamblê no show de gravação do DVD de 10 anos da banda. Show! Visite o canal oficial do Djamblê no youtube.
Djamblê abrindo o show do Fugazi na Assampi (Campinas-SP).
Escute algumas das nossas músicas no canal do youtube!
Já na Espanha, em 2002, para onde levei meu baixo sem saber ao certo o que faria com ele, tive a oportunidade de tocar uns 20 shows com uma banca TOCASONS de música Folk (celta, galega, bretanha, etc.) convidado pelo meu amigo Xavier Romeu (Les Borges Blanques – CAT – ES). Uma experiência incrível, de fazer muita gente dançar, que jamais esquecerei. Neste mesmo período, aproveitei o pouco que conhecia de baixo para tocar em animações infantis pela empresa La Cremallera Teatre (Arbeca- Espanha) .
Desde então apenas estudo música em casa, tocando um pouco de baixo, violão e teclado, só para não perder a prática.
Continuo eventualmente, mais de 20 anos depois, encontrando amigos para tocar, usando os dois contra-baixos que tenho e que foram fabricados pelo luthier brasileiro Ronay.