PENSE RÁPIDO, PENSE BEM

Dedico este espaço aos fatos, pensamentos e idéias corriqueiras, que permeiam o dia a dia, que acredito serem importantes e merecedores de seu registro público. (ordem cronológica)

Unicamp, 2012
Unicamp, 2012

– Frequentemente nos submetemos ao trabalho, iludidos pelo possibilidade do sucesso, do reconhecimento e de conquistar algo a mais, submetendo ainda todos os que estão a nossa volta, incluindo filhos e cíonjuques, e essa degradante opção.

– Está claro que mais profissionais da saúde, da educação, segurança… e precisamos valorizar estas profissões! Mas o que vemos é mais gente querendo agarrar-se aos postos políticos e beber de uma generosa fonte, mantida por todos nós. Olha quantos candidatos apenas da Região Metropolitana de Campinas.

– O que assusta mais? Um café a 7,00 reais; uma garrafa de água a 5,50 reais; entradas e saídas caóticas; obras inacabadas e projetos confusos; enormes investimentos para ações temporárias; dezenas de funcionários com o crachá: temporário/ em treinamento; enfim, um sistema de aeroportos colapsado! Ou ver uma multidão de brasileiros fazendo a ponte aérea Brasil-EUA para fazer compras?

– Quem poderia pensar que a academia, leia-se a universidade, se transformaria num lugar inóspito para o conhecimento, para o convívio social, para a saúde? Será o preço da “excelência” a destruição dos pensadores? Até quando os indicadores que pautam a vida das grandes universidades será a produção? Será que um dia falar-se-a sobre o bem estar das pessoas que fizeram e ainda fazem a universidade existir?

– Caridade bacana: realmente o final do ano aparece como o período das caridades, das bem feitorias, dos bons corações. Embora muitas destas ações sejam pontuais e realizadas por pessoas que durante todo o ano pisaram, roubaram, usaram ou mal trataram seus semelhantes, algumas delas são feitas por pessoas de bem que, no final do ano, reservam um tempo para dedicar-se ao próximo. Uma que me chamou a atenção foi esta: reforma de doação de bicicletas usadas. Que outras tantas ações do bem apareçam para um dia termos um mundo melhor e mais equilibrado.

– A política de destacar os bons resultados e “esconder” os muitos problemas, volta a florecer quando o final do ano chega. No campo dos esportes os campeões aparecem inúmeras vezes na mídia, sem que se mostre a real situação do esporte nacional. Um esporte que, a pesar de muitos investimentos (a maioria de forma errada) ainda sobrevive sob uma administração precária, não profissional e pautada numa política de favores. A recente conquista do ouro olímpico e depois do campeonato mundial pelo ginasta Arthur Zanetti, ou mesmo a heróica medalha de ouro no mundial de handebol feminino, são exemplo de uma desastrosa política nacional de fomento e desenvolvimento do desporto. Alguém duvida que a preparação dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não padece da mesma doença? (então veja)

– Do ano 2000 a 2013 passamos de ter uma frota de 30 milhores a 79 milhoes de carros no Brasil e muta gente ainda fica parguntando porque nossas cidades estão colapsadas. É melhor nem pensar quantas motocicletas foram vendidas?
Além de tempo, perdemos vidas, dinheiro, qualidade de vida, e sobre tudo, a oportunidade de investir no transporte público de qualidade.Até quando seguiremos vendo o governo insistir na sua perversa política de incentivos fiscais às montadoras?

– Do ano 2000 a 2013 passamos de ter uma frota de 30 milhores a 79 milhoes de carros no Brasil e muta gente ainda fica parguntando porque nossas cidades estão colapsadas. É melhor nem pensar quantas motocicletas foram vendidas?  Além de tempo, perdemos vidas, dinheiro, qualidade de vida, e sobre tudo, a oportunidade de investir no transporte público de qualidade.Até quando seguiremos vendo o governo insistir na sua perversa política de incentivos fiscais às montadoras?

– Está o preconceito perto de sua extinção? Parece que não, pois quanto mais  e melhor entendemos o que significa ser ou agir preconceituosamente, mais evidencias temos de sua presença e constância. Semana passada presenciei um religioso ortodoxo vestido de preto, chapéu e barba longa, solicitar a aeromoça de um voo internacional,  mudar de lugar pois ao seu lado havia sentado uma senhora, ou melhor, uma mulher. É certo que me entendimento sobre como cada religião trata as diferenças de gênero (e sexo), mas me pareceu um total absurdo, uma vez que se tratada de uma viagem de avião na qual ele quis deliberadamente participar. E ela, que nada tinha a ver com isso, foi, na minha opinião, vítima de um grande preconceito.

– Dormir agora, porque? Embora não tenha perguntado, pois ainda não falava, Alicia mostrava estranhamento com a escola(creche) que fazia de tudo para ela dormir junto com os outros 12 colegas.  Realmente é mais tranquilo para a professora quando todos dormem ao mesmo tempo, mas será que eles possuem o mesmo relógio biológico?

– Papai caiu meu primeiro dentinho! Papai, aprendi a atar os cadarços do tênis! O que tem de ruim nisso? O problema é não estar presente quando isso aconteceu e ficar sabendo pelo telefone. Enfim, esta é a pior parte das viagens e compromissos do trabalho, ou melhor, do excesso dele.

– Não basta falar é preciso agir. Foi por isso que criei o blog manifesto “Melhorias na Estrada da Rhodia“.  Acessem e ajudem a conquistar nosso direito!

– Embora estejamos presos na história, na nossa própria história, ao ignorá-la não somos capazes de avançar.

– Uma dose de saudosismo: na semana passada fomos com toda a família acompanhar o XVII Encontro Paulista de Carros Antigos em Lindóia – SP, e como era esperado, nos divertimos muitos vendo as magníficas máquinas do passado. Entre marcas famosas e outras quase desconhecidas, vimos milhares de pessoas que tratam de cuidar de nossa história automotiva, tratando com todo o cuidado seus carros, alguns deles, verdadeiras obras de arte. Mais bonito ainda foi ver as crianças felizes por conhecer parte do legado cultural e, sem preconceito algum, encontrarem beleza nas máquinas independente da época que elas foram concebidas. Enfim, um presente para os olhos, para a alma, que merece ser compartilhado.

– Aeroportos, o caos anunciado e já instalado. Como pode, diante de tantas evidencias do caos, assistirmos aos descaso e a falta de uma gestão eficiente. Pois é, nossos aeroportos estão colapsados, transbordando problemas e clamando por uma solução rápida. Como sempre quem sofre com as consequencias de tamanha incopetência somos nós, usuários, cidadaos que pagamos nossos impostos e que vemos como manipulam nossas vidas.

– Orgulho brasileiro: independente de qualquer estilo, gosto ou afinidade, não dá para negar que há muitos conterrâneos que nos dão muito orgulho. Quase todo dia damos mais atenção aqueles que nos dão vergonha. Por isso vale celebrar alguns deles: Miguel Nicolelis, Gustavo e Otávio Pandolfo, César Cielo, Cesar Lattes, Romero Britto, … e uma lista muito maior…

– Nissan Livina: excelente veículo, confortável, espaçoso e com boa dirigibilidade. Mas não posso deixar de registrar publicamente meu desagrado ao aquecimento inexplicável do ar a medida que o motor esquenta. Depois de três reclamações e duas tentativas de manutenção, nada mudou e é por isso que só posso lamentar, ou usar o ar acondicionado todas as vezes que faz calor e o motor está quente, faça chuva ou sol. Sinto ainda por não ter um relógio digital e outros pequenos detalhes, mas entendo a opção do fabricante, semelhante aos demais, na qual cada item retirado torna-se um opcional a ser pago de forma complementar.

– SWU: sem palavras para definir a satisfação de ver tantas bandas e amigos num festival de rock ao lado de casa. Sensacional, de Raimundos a Down (ensurdecedro)!.

– O poder público maquiando seu próprio fracasso: assistimos nestes últimos dias a “ocupação” policial de algumas das dezenas de favelas cariocas, e como as autoridades se vangloriavam do fato. É certo que esta parece ser a opção mais interessante dada a atual conjuntura, mas o que dizer de uma ação que nem deveria ter sido necessária, se as autoridades tivessem realizado seu trabalho de modo competente ao longo dos anos. Talvez seja mais uma ação do pacote olímpico!

– Porquê garçom e garçonetes limpam as mesas jogando os restos no chão?

Me parece um fato quase universal (talvez com exceção dos grandes restaurantes) a falta de formação e a consequente incompetência da grande maioria dos profissionais que atuam nos serviços de restauração (bares, restaurantes e afins). Mas uma ação sempre me intrigou: porque estes profissionais jogam as migalhas e restos deixados sobre as mesas e balcões no chão guando limpas tais superfícies? Quase como um hobby, meio estranho reconheço, aprendi a observar detalhadamente esta atividade e ver como cada profissional realizava esta atividade. Logicamente vi de tudo, desde aqueles que usam aparelhos que sugam os restos até aqueles que recolhem de forma bem higiênica. Mas a maioria mesmo opta pela versão jogar no chão e esperar que outro venha e varra. Recentemente consegui uma explicação interessante para este fenômeno: segundo uma amiga, trata-se da manutenção de uma tradição antiga, onde ao limpar a mas as migalhas eram laançadas ao chão propositalmente para que galinhas, cachorros e outros animais que circulavam pelo ambiente pudessem beneficiar-se. Pode ser mais ou menos verdade, mas sem dúvida é uma boa explicação. O que não é admissível é que algo típico de áreas rurais ou do época medieval seja um ato visto na modernidade urbana.

– Inovando sempre: é assim que o circo faz, para manter-se vivo século após século. Como linguagem nunca deixou de inovar! Esta semana pude comprovar, mais que uma inovaçao, uma ousadia, pouco comum nos dias de hoje. A chegada de um grande circo a Campinas-SP (outubro de 2011), foi anunciada por um avião de pequeno porte (teco-teco), voando baixo, que fez a publicidade ser ouvida por toda a cidade, em alto e bom tom. E assim o circo tornou-se noticia na boca do povo, através de um avião!

– Semana passada fui presenteado com a possibilidade de conhecer mais uma escola de circo, ou melhor, um projeto social, uma escola municipal e uma trupe de circo: tudo isso junto, trabalhando por uma única causa: o circo. É, não pude deixar de registrar meu assombro com tanto empenho em transformar realidades, em humanizar lugares, em dar voz às pessoas que marginam nossa sociedade. Só posso parabenizar o Circo da Alegria e a Trupe Circo Ático de Toledo – PR.

–  A vida nos oferece infinitas anedotas, muitas das quais esquecemos ou nem damos importância. Lembrá-las é um desafio, por vezes maravilhoso. Eis uma delas:
“Um dia , numa praia de Ubatuba, estava eu e um grande amigo. Dois adolescentes com dinheiro suficiente apenas para uma bebida. Foi quando cruzamos com um vendedor de picolé que nos fez a seguinte proposta: <<caso eu consiga realizar 100 embaixadinhas com uma laranja, vocês comprariam dois sorvetes?>> Claro que aceitamos o desafio, pois nosso dinheiro dava para os dois sorvetes e, principalmente, porque nunca tínhamos visto ninguém fazer isso, e duvidávamos que aquele vendedor o faria. Não deu outra, o franzino homem vez as 100 e nos esnobou perguntando, quando chegará a 105, se queríamos que ele continuasse ou se já sabíamos sabor do sorvete que compraríamos?
Bom, ao final saímos contentes, pelos sorvetes, por ver tal proeza, e por aprender que aquele homem vivia daquilo e que, portanto, aquele <<truque>> já vinha sendo desenvolvido a anos e com certeza já teria servido para vender dezenas ou centenas de sorvetes. Nós éramos apenas <<os clientes da vez>>”.

– Sábio pensamento (parte da letra de uma música da banda Djamble): “É UMA VIDA NOVA QUE BATE EM SUA PORTA, NÃO VAI ME DIZER QUE VAI FUGIR AGORA, ENTÃO DEIXE DE LADO COSTUMES DO PASSADO…..”

– Empinar pipa e a alegria de ser pai: No último sábado, dias dos pais, tive a grata satisfação de curtir uma manhã com a Letícia. Passar algumas horas juntos foi realmente uma oportunidade de renovarmos nosso afeto. Não bastasse isso, tive a oportunidade de participar de uma oficina de confecção de “pipas” (papagaios), atendendo assim um de seus desejos. Tive que resgatar saberes que a mais de 20 anos estavam dormentes em algum canto da minha memória. Escolhemos as varetas, armamos a estrutura, cortamos o papel de seda, colamos tudo, colocamos o cabresto, fizemos a “rabiola”. Em pouco mais de 1 hora tínhamos uma “pipa”. A verdade é que o primeiro modelo não funcionou muito bem, alias, nem voou. Mas, como não podemos desistir, voltei para a oficina e confeccionamos juntos um “peixinho”, que desta vez foi mais rápido e voou. Assim, Letícia e eu pudemos correr pelo campo, fazer o papagaio subir e sentirmos juntos o prazer de “empinar pipa” juntos, pai e filha. Maravilhoso!

– Ao visitar Salvador pude desfrutar da Av. Sete de Setembro e da Rua da Graça, seus casarões, museus e de uma maravilhosa exposição de Auguste-Renè Rodin no Palacete das Artes. Nesta rápida passagem pela capital baiana, não pude deixar de observar o caótico transito e a pobreza que recobre a bela cidade e sua esplendorosa cultura.

– Eis que perdemos completamente a noção! Temos visto como a falta de educação musical (e estética) tem afetado o âmbito artístico e, logo, nossa capacidade de apreciar com criticidade. Alguns dos artistas que têm encabeçado as páginas das revistas e os programas de televisão não são capazes de entoar nem sequer uma música com a afinação desejada. Nem mesmo a polifonia de Hermeto ajudaria a dissimular tamanha falta de qualidade. Não se trata de uma crítica pessoal, pode ser que sejam pessoas interessantes, e que lutam por um espaço no espaço artístico, porém com tantos talentos como podemos deixar que a mídia construa astros que dependam única e exclusivamente da luz artificial? Que me perdoem os críticos, os que não compartilham tal concepção, mais é difícil aceitar cantoras como Fernanda Takai triunfando na música (lembro que ela teve um dos seus álbuns premiado como o melhor de MPB de 2007). Quem sabe novas expressões apareçam (uma exceção talvez seja a Paula Fernandes que parece ser afinada e ter talento).

– Ciclovia: A cidade de Campinas-SP vem fazendo um grande esforço para implantar e criar um hábito entre sua população com respeito a uma ciclovia. Milhares de reais em publicidade, sinalização, monitores, fiscais municipais, etc. Só esqueceram que ao fazer a ciclovia criaram um grande problema no trânsito da cidade, com congestionamentos, confusões nos cruzamentos…. enfim, um bom propósito com um péssimo planejamento.

– Dia das mães: embora me esforcei para parabenizar todas as mães que conheço, certamente fui traído por minha memória ou pela falta de contato. Assim, deixo nossa lembrança a todas as mães.

Cartao Dia Maes 2011 MACB Cartao Dia Maes 2011 MACB

– Carnaval 2011: Pouco seduzido pelo carnaval e mais focado na família do que agitação e na folia. Esta é a condição atual. Assim, o fim de semana que antecede a maior festa popular brasileira começou com a assistência ao espetáculo de circo “Noi Joc” do CEFAC, no Tendal da Lapa em São Paulo. Logo, a família participou do Bloco do BOB, um desfile de rua (pessoas acompanhadas por seus cachorros) em homenagem ao cãozinho “da comunidade” que fica numa praça do Cambuí aqui em Campinas. Lembrei do ano passado quando acompanhamos o Bloco Cupinzeiro em Barão Geraldo, um programa familiar e tranqüilo, para manter o espírito de carnaval sem a bagunça exagerada.

– Trabalho: questão de semântica, conceitual ou minha incapacidade de entender os novos tempos. Vinha hoje caminhando, ao passar por um semáforo um jovem se colocou a minha frente e pediu um trocado para comprar comida. Eram 8 horas da manhã e eu, tontamente, disse que era melhor ele buscar um trabalho, uma ocupação que poderia conseguir este recurso. Tranquilamente ele me respondeu: ainda é cedo, neste meu trabalho no semáforo só mais tarde vem o dinheiro. Calei-me e segui meu caminho.

– O que é envelhecer? É constatar que a cada dia os pequenos machucados tardam mais em cicatrizar-se, que a pele já não possui a mesma elasticidade, que pelos crescem onde não gostaríamos (na orelha, por exemplo) e caem onde sim gostaríamos que se mantivessem (na cabeça). É ver como meus inocentes truques de mágica já não iludem meus sobrinhos, ver como já não ganho deles no tênis de mesa ou em outras atividades. Enfim, os signos do tempo são patentes, mesmo e quando desejamos não enxergá-los.

– Quando vemos um vendedor de automóveis (profissão em alta no momento) ganhando de 8 a 10 mil reais por mês, até podemos parabenizá-lo pelo mérico mercadológico. Porém, quando vemos que estes valores são maiores que um pesquisador (com mais de 10-15 anos de experiência, nas melhores instituições do país,…) e mais que o dobro (ou triplo) de qualquer professor, ai entendemos que vivemos num país que está completamente perdido em suas prioridades e no reconhecimento profissional.  NEm precisamos falar nas consequencias disso…

– Como querer um país melhor se nem podemos viver em paz nos pequenos grupos: Todos os dias os programas de televisão e as noticias dos jornais ventilam a necessidade de um melhor entendimento entre as pessoas para uma convivência mais tranqüila. Eis uma condição necessária para alcançar a civilidade e, portanto, uma condição de sociedade sustentável. Ao mesmo tempo vemos a abrupta degeneração de instituições como a FAMILIA, a ESCOLA, o CLUBE de AMIGOS, e o crescimento dos profissionais especializados em resolução de conflitos (familiares, trabalhistas, etc.). Vemos, e neste caso, vivo na pele, a incapacidade de vivermos com tolerância e amizade em nossos próprios condomínios. Vemos o domínio da inveja, da bronca, do rancor, em detrimento do acordo, da razão, da tolerância… Se nem nos grupos pequenos, como num condomínio, chegamos em acordos satisfatórios para a vida em harmonia, o que esperar de uma sociedade tão ampla e diversa como a brasileira.

– Tragédia anunciada: SUDESTE 2011: Lamentavelmente o Brasil sofreu uma grande tragédia já no inicio deste ano. As explicações são as mais diversas, porém, todos sabemos que são eventos anunciados há muito tempo. Há séculos desprezamos os conhecimentos básicos sobre topografia, arquitetura, clima, etc… e permitimos a edificação de cidades em áreas que mais dia ou menos dia serão arrasadas pela força da natureza. Sabe o pior: que as autoridades ficam o tempo todo preocupadas em números (prejuízo, quando precisam para a reconstrução, …), mais poucos assumem que uma vida não tem valor. Agora é só esperar ao próximo desastre!

– Jan. 2011. Para entender a organização das empresas e instituições aque trabalhamos sugiro a leitura dos Princípio de Dilbert, e Princípio de Peter. Caso encontrem lógica neles, e o pior, aplicabilidade na vossa realidade não se assustem.

– Dez 2010: Eis uma confusão que ainda sega muita gente: informação não é conhecimento, e conhecimento não implica em sabedoria. É por isso que em geral técnicos esportivos, professores (ou educadores) e outros profissionais responsáveis por parte do processo educativo não alcançam a condição de sábios ou, como se dizia no passado, “mestres”. Talvez seja por isso que tenhamos tantas dificuldades de encontrar mestres a quem seguir, e assim tornarmos discípulos de alguém que nos poderá enxergar além do que nosso míope olhar permite.

– Dez – 2010: Por outro lado, o maior acesso a informação, ao conhecimento, aos diplomas, aos títulos, nos está fazendo cada vez mais cegos e pouco sensíveis à simplicidade, à sabedoria popular, ao conhecimento histórico, ao olhar experiente, ao cuidado com os demais. Me dá medo o poder que a informação e a titulação “parece estar dando” as pessoas.

– Dia 2-10-09 o Brasil e o mundo souberam que o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos de 2016. É provável que o RJ e o Brasil tenham outras prioridades (especialmente no setor da saúde, segurança, educação, moradia, …) e que dificilmente escaparemos da corrupção no processo de preparação deste evento. Apesar disso, estou feliz com esta oportunidade, espero que seja aproveitada ao máximo para que possamos nos orgnulhar disso no futuro. Também devo dizer que se existe uma possibilidade de salvar o RJ da atual conjuntura estamos diante dela e caso não seja aproveitada na sua pelnitude não sei qual será o futuro do Rio e do Brasil.

– No final de outubro/09, tive a grande oportunidadade de assistir uma vez mais o Circo Zanni, no Memorial da América Latina. Uma vez mais a magia do Circo fez a lona tremer e inundou de poesia e emoção nossas almas. Parabéns Zanni!!!

– Voltar aos 15 anos. Em novembro/09, durante o Maquinária Festival, pude assistir numa só tacada, Nação Zumbi, Sepultura, Deftones, Janes Adction e Faith No More…. impossível não ter voltado durante estas horas aos frenéticos 15 anos. Sensacional!!!

– Dia 20 de novembro de 2009 pude assistir um belíssimo espetáculo do Instituto Ser de Campinas, entidade que atende deficientes. Há anos eu não assitia uma encenação tão magistral de teatro. Méritos aos 6 intrépidos atores, e especialmente ao professor de teatro que mostrou de forma limpa e espontânea a realidade destes artistas deficientes. Magnífico!!!

– Natal 2009: há muito tempo não vejo um Natal com tanto dinheiro em circulação. O velho hábito de reclamar da falta de dinhiero ou da dificuldade da vida continua em voga, porém pouco se justifica ao olharmos as filas nas lojas, nos shoppings centers e nas estradas. Chegamos ao estremos de que as operadoras de cartões de crédito colapsaram nestas datas com tantas operações…. Este consumo desenfreado e pouco racional só nos levará a um lugar: dívidas e valorização do supérfulo.

– No dia 23-12-09 fui assistir ao Alto de Natal que a prefeitura de Campinas organiza na Praça Arautos da Paz. Bom espaço, boa decoraçao, muitaa agitação. Porém, realmente fazia anos que eu não assistia a uma peça de teatro tão p[essimamente produzida e representada, o que além de ser um insulto aos excelentes grupos de teatro da cidade é uma afronta a este clássico religioso. A noite foi salva por um excelente espetáculo da fábrica de brinquedos, apesar de ser uma copia (ou seja nada criativo) do original encenado em Gramado – RS, foi bem executado e conseguiu emocionar ao público, especialmente as crianças.

– Hoje, dia 28-12-09 tivemos o prazer de visitar ao Museu Do Futebol no Estádio do Pacaembu em São Paulo. Belíssimo espaço de memória do futebol arte e da cultura universal do século XX. Nota negativa: a prefeitura de SP num ato pouco benéfico a visitação cobra área azul (no estacionamento do Pacaembu), mesmo nos domingos e feriados, e os agentes da CET atuam condizentes com os flanelinhas que vendem os bilhetes a um preço bem superior ao oficial.

– O melhor planejamento do futuro esta na plena vivacidade do presente. Macb.

– É público minha escassa memória. Certo dia pensei: será isso mesmo ruim? Ou será minha salvação, pois já haveria morrido de aborrecimento e enojamento ao lembrar-me de tudo. Macb.

– Há tempos e de forma sistemática somos bombardeados por informações, fatos e situações que parecem desconsiderar a inteligência humana. Vamos a alguns poucos exemplos: O sucos e alguns refrigerantes relatam nos rótulos que possuem partes (as vezes 1%) de suco natural e ainda mantém no rótulo e na publicidade a palavras NATURAL. A publicidade de carros e motos é frequentemente associada a potência do motor e a velocidade alcançada, e logo, precisamos gastar milhões em campanhas para redução de velocidade e com os acidentes e acidentados. Não seria mais barato restringir a potencia e a velocidade dos carros, sabendo que não existem vias no Brasil que permitem velocidades superiores aos 120 km/h. Por favor, não subestimem minha inteligência!

– Código Lisboa. A capital lusa é linda, repleta de história, espaços de divertimento e atividade cultural. Contudo possui um sistema de transporte público do mais confuso que já vi em minha vida, com diferentes transportes, administrados por diferentes “companhias”, com preços distintos, que não se comunicam, com horários pouco organizados, etc. Depois de um mês usando-o diariamente, percebi que muita gente não consegui desvendar este complexo código de linhas, traços, símbolos e números impressos nos mapas da cidade. Já lancei mão do tratado de Lógica de Karl Popper sem sucesso até o momento. Começo a pensar que o problema sou eu! Ou que alguém buscou inspiração nos “supostos” códigos secretos de Da Vinci.

– Vergonha 1: Vemos como nas últimas décadas pesquisadores, políticos interesseiros, lunáticos e aproveitadores falam de ecologia, meio ambiente, e preservação de nosso planeta. O mais ridículo não é ver como há tantas pessoas que se aproveitam de um assunto tão sério para sua plataforma de projeção social, econômica, política. Já temos artistas famosos e alguns multimilionários que começam a integrar a lista nos possíveis prêmios nobéis da paz ou coisas do gênero, como seres quase puros e preocupadíssimos com nosso planeta… será que estariam dispostos a abdicar de sua fama e fortuna para um mundo melhor, ou apenas a dedicar segundos do seu tempo ou centavos da sua riqueza, em troca de mais projeção e por tanto, mais fama e dinheiro…. Mais vergonhoso é ver como tratam o afogamento constante de baleias nas praias como algo que “poderia”estar associado com a poluição, com equipamentos eletrônicos (sonares, etc.) que de alguma forma estejam modificando ou atrapalhando sua navegação pelos mares…. caramba, é surrealista escutar isso, pois parece que as Baleias desaprenderam nadar ou que seu código genético tenha se desprogramado depois de milhões de anos de evolução de sucesso (pois ainda estão aí). E ainda querem mais evidências que estamos arruinando tudo!!!!

– Grandes frases: a observação cuidadosa da sétima arte as vezes nos beneficia com lindas mensagens, como estas: “A observaçao cuidadosa das pessoas nos permite enchergar a essencia delas (Melhor é impossível)”  ou “o que você diz em vida ecoa pela eternidade (Gladiador)”.

– A poeira e a arte: acumula-se de modo silencioso, constante e insistente, por mais que busquemos limpar ou proteger-se contra ela, acaba vencendo-nos. É preciso um esforço regular e coletivo para ao menos diminuir sua presença e sentirmos um pouco o gosto da vitória, mesmo sabendo que será breve e logo ela se imporá novamente. Eis que a poeira é tão sutil quando maléfica, as vezes imperceptível, mas sempre presente. É assim que vejo a “arte lixo”, aquela grande parte da produção cultural que se apresenta ante nós como “arte”, e que na realidade é tão problemática quanto a poeira, acumulando e poluindo nossa realidade ente nossos olhos.

– Entre pombas e o esquecimento: Não poso deixar de comentar, tão lamentável condição. Todos os dias observo muitos senhores, mais que senhoras, pelas praças e esquinas do bairro comungando com as pombas seu esquecimento social. Sem brilho, sem motivo, sem reconhecimento, sem espaço, sem sonhos, sem quase nada, apenas têm as pombas como seus companheiros, por isso não deixam faltar-lhes comida. O que seria se perdessem seus únicos e “fiéis” companheiros. Da minha parte só posso pedir-lhes desculpas por não lutar mais para extinguir tal condição e fazê-los novamente parte desta sociedade que tanto haveis ajudado a construir.

– Música para a humanidade: É incrível como algumas canções se tornam clássicos, não perdendo sua atualidade e mantendo-se presente em nosso inconsciente. Elas revelam ainda como, a pesar do passo do tempo, os reais e profundos problemas da humanidade seguem presentes e em alguns casos sem perspectiva de melhora. É nisto que estas seguintes canções me fazem pensar: Não é nossa culpa (Plebe Rude), Ainda é Cedo e Que país é esse (Legião Urbana); Carta aos Missionários (Uns e Outros). Saudades destas bancas, destes jovens rebeldes e poetas, que deram lugar a outros quase sem inspiração.

Continua…


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