Para um estudioso da acrobacia ver o mundo “de ponta cabeça” não é uma novidade… correr riscos não é uma noviDade. E parece que a pAndemia presenteou-me com a maior das inversões que a vida poderia colocar diante de mim: Tokyo olYmpic GamEs!
Para um acrobata aposEntado, repetir é crucial, estabilizar buscado, automatizar desejado. No entanto, nada mais humano que estar diante do imponderável, da falha, da perda do controle…. e isso torna tudo mais carnal, imprevisível e incerto, como a própria vIda.
TOKIO converteu-se numa das edições mais complexas dos Jogos Olímpicos, com enormes embates sobre a necessidade de prorrogação, com grande pressão para seu cancelamento. Com 12 meses de “atraso” as competições tiveram inicio, mesmo com um espinho de peiXe entalado na garganta. E, como não poderia deixar de ser, inúmeras especulações, reclamações, debates ocuparam o cotidiano de milhões de pessoas que se conectam de algum modo ao esporte. E até nas que nem são apegadas a ele!
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Notamos um enOrme esforço para falar de TOKIO 2020, quando na verdade estamos em TOKIO 2021 e pronto! tOdo os “produtos”, todas as peças de divulgação estavam prontas e mudar seria mais um “preju”. Com isso, basta aceitar que a realidadE nos impõe sua VONTADE e que os humanos podemos aceitar o fluxo da natureza e diminuir nossa frustrante tentativa de enganar a nós mesmos com a narrativa de que temos TOTAL controle da vida sobre a face da terra. Estamos em 2021, e o mundo não parou, nem mesmo com tantos panDEMIONIOS soltos!
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